domingo, 3 de agosto de 2008

pluripolar

[Es que] Seria, então, uma fase verde? Não chegava à antipatia, mas confesso, conservava uma certa indiferença à cor. O que seria do verde sem a indesejada companhia de um azul-lugar-comum? Nada como a intolerância mantida por anos ao roxo; ando revertendo opções estéticas. Para dar uma trégua ao vermelho –meu tanto a tanto de fascinação – ando um pouco obcecada pelo verde, talvez a seguir o processo de tudo, do balde cheio que me concerne. Cortina verde, blog verde, caderno verde, açucareiro verde; a bandeira do meu país! Nunca fui desses tons, pero bueno; já se passa de uma suposta pluripolaridade. Fastio de gente, ainda. Silêncio: depois dos gritos a garganta ainda arranha, os ouvidos ainda repetem o bum-bum das multidões. [es que] esses abstratos já não explicam – como faz falta o olho a olho e aquele olho de thundera– minha comunicação corporal é imprescindível. Mas é tempo de cerco, reclusão: os loucos devem temer a revelação, a custo de manter sua loucura intacta. Nada mais triste que uma loucura perdida ou artificializada – bioplastia cerebral – a modo de ajuste social. O pulso pulsado pelo bum-bum do mundo: ai dessa orquestra quando meu tambor e dos meus invadirmos a sifonia. Porque alguém há de manter esse tom desafinado. Meticulosamente desafinado.
...
[a próposito, ainda salpicam os temperamentos de Margot: algumas estranhas coincidências de ser. Do filme, Margot y la boda - versão em castelhano.]

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