quarta-feira, 6 de maio de 2009

time to pretend

Sempre esse rebuliço, por dentro, por fora não seria diferente. Nervosa? Completamente desequilibrada às vezes; desastrosa, insociável, esquisita, esquizofrênica – vemos que a bipolaridade encontra competidores – ansiosíssima para qualquer, digo, qualquer coisa. A respiração, desajustadíssima. Lenta demais às vezes, mas geralmente apressadíssima. E apressadíssimos esses dias, sábados inteiros de aula. E depois, encapsulamentos... Dias de miserável hedonismo, frustrantes, tristes, outônicos, de amplitudes emocionais devastadoras. Pergunto: haveria motivos para escrever? Muitos. Entanto, ando poupando ouvidos e olhos, ando poupando o mundo, diga-se, desse drama confesso, desse drama tão banal, aparentemente generalizado. Que haveria de especial nisso? A verdade é que a vilania pode servir bem, portanto, melhor que se creia assim. Mantém distância, cerco, solidão. Revirando relações gerais, ando convecida disso. E, bem, talvez seja mesmo a prova viva do dizer popular acerca do que se colhe. Vivem os dedos aos espinhos. E, sim, pode ser que tenham razão todos os inimigos (esquizofrên...). Ou seja uma questão de impaciência, exigência, pessimismo. Impaciência social. Cada vez mais árido, silente e seletivo o caminho. Nada de pérolas a porcos – e essa é uma das mais fantásticas expressões do universo. Os murros em facas desestimulam, ferem e desbaratinam. Acaba-se em amargura, pouca fé humana, social. E dói sorrir sorrindo sem sorriso. Deus me livre da felicidade expediente comportada. E de uma delicadeza-etiqueta muito educada, compromissos. Mas infelizmente nem todo mundo nasce com assessoria para o mundo. Ademais, essa felicidade é, muitas vezes, sobrevivência diária. E não se pode suportar todas as agruras de uma vez nessa vida.

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